A dificuldade central do ASTER é bastante simples — mais da metade dos 8 mil milhões de tokens ainda não foram desbloqueados. Isto não é um problema menor, mas sim o principal responsável por pressionar o preço da moeda para baixo. Por mais que a equipa tente puxar o mercado, não adianta, porque quem comprou nos estágios iniciais já está a fugir, e os novos investidores simplesmente não se atrevem a entrar.

Do ponto de vista da taxa de conversão, esta tentativa de atrair novos utilizadores já falhou. Tanta gente a promover, tantos KOLs a gritar, anúncios semanais e planos de queima de tokens, mas o problema está exatamente aqui: a maioria das pessoas desiste ao ver o mecanismo de desbloqueio. Entraram em setembro com 30 mil dólares, assistiram a três meses de recompra e atualizações, e no final perceberam que, por mais tráfego que houvesse, não valia a pena — porque ninguém se atrevia a assumir o risco.

Há ainda um detalhe ainda mais grave: a equipa anunciou que a circulação de tokens será adiada até 2035. Parece inteligente, mas na verdade é uma armadilha maior. A maioria das pessoas nem sequer sabe disso, e mesmo que saiba, ninguém pode garantir que a equipa não mude de opinião e desbloqueie os tokens antes do previsto. Isto é uma questão de confiança — a blockchain foi criada para colocar a confiança na cadeia, mas o ASTER acaba por complicar ainda mais as coisas.

O ambiente macroeconómico em declínio é uma coisa, mas a estratégia do ASTER é que é o maior buraco. Os negócios dependem de fluxo de investimento, taxa de conversão e retenção de clientes, e a equipa não tem esses dados em mente. A lógica mais simples para um investidor comum é: com riscos de desbloqueio tão altos, por que razão deveria comprar? Quando a equipa realmente conseguir responder a essa questão, o mercado voltará. Apesar das críticas, o trabalho de construção deve continuar.