Cheguei em casa e acabei de ler a ata mais recente da reunião do FOMC de dezembro, e a conclusão é bem clara:
Janeiro de 2026, corte de juros praticamente sem esperança. Não é uma questão de sentimento de mercado, é que o sinal na ata foi demasiado direto.
1. O corte de juros de dezembro foi, na verdade, “forçado” A ata revelou um detalhe muito importante: 👉 Muitos dos funcionários que votaram a favor do corte de juros em dezembro, na verdade, não queriam cortar. O que realmente os preocupava não era a inflação, mas — o risco de controle excessivo do mercado de trabalho. Em outras palavras:
Aquela redução de 25bp não é uma “mudança de tendência”
Mas uma concessão para mitigar riscos
O que isso significa? 👉 O corte de juros de dezembro não é replicável.
2. O Federal Reserve está ativamente “desfazendo ilusões” A segunda mudança de atitude muito evidente na ata: 👉 O Federal Reserve começou a desmistificar deliberadamente a ideia de que “a inflação vai cair naturalmente”. Naquele corte de dezembro, havia uma pitada de esperança:
A inflação pode diminuir lentamente por si só
Sem precisar ser tão duro, pode voltar aos 2%
Mas esta ata, quase como uma “mudança de página”:
Reafirma que 2% é uma meta rígida
Não dá mais qualquer âncora psicológica para a “auto-cura” da inflação
Na verdade, isso é uma reavaliação das expectativas do mercado: não espere que a política de afrouxamento aconteça automaticamente.
3. O ponto mais fácil de ignorar, mas mais importante Na ata de dezembro há também uma ação técnica, mas extremamente importante: 👉 Ativação do RMP + remoção do limite do SRF Traduzindo de forma simples:
Sem um corte de juros, primeiro, reforçar a liquidez do sistema financeiro
O significado dessa etapa é bem claro:
Já preparei uma almofada de liquidez, então, em janeiro, posso ficar tranquilo “pausando” e aguardando os dados.
Isso não é aperto monetário, é uma preparação para “pausar o corte de juros” com antecedência.
4. Avaliação geral: pausa em janeiro, quase uma opção padrão Colocando os três pontos juntos, a lógica é bem coerente:
✅ O corte de dezembro foi uma concessão forçada, não uma tendência
✅ O Federal Reserve está ativamente suprimindo expectativas otimistas de inflação
✅ Do ponto de vista técnico, já foi injetada liquidez antecipadamente no sistema
Portanto, a conclusão é simples: a menos que, antes da reunião de janeiro, aconteçam duas situações extremas: 1️⃣ Dados de inflação apresentem uma queda “suficientemente significativa” por várias semanas 2️⃣ O mercado de trabalho se deteriorar de forma acentuada, forçando um corte de juros baseado na gestão de riscos senão — 👉 Pausar o corte de juros será a opção padrão.
O mercado ainda está negociando a “esperança”, mas a ata já está negociando a “realidade”. E o próximo passo, não é “se vai continuar cortando”, mas: quanto tempo o mercado levará para aceitar essa resposta.
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Cheguei em casa e acabei de ler a ata mais recente da reunião do FOMC de dezembro, e a conclusão é bem clara:
Janeiro de 2026, corte de juros praticamente sem esperança.
Não é uma questão de sentimento de mercado,
é que o sinal na ata foi demasiado direto.
1. O corte de juros de dezembro foi, na verdade, “forçado”
A ata revelou um detalhe muito importante:
👉 Muitos dos funcionários que votaram a favor do corte de juros em dezembro, na verdade, não queriam cortar.
O que realmente os preocupava não era a inflação,
mas —
o risco de controle excessivo do mercado de trabalho.
Em outras palavras:
Aquela redução de 25bp não é uma “mudança de tendência”
Mas uma concessão para mitigar riscos
O que isso significa?
👉 O corte de juros de dezembro não é replicável.
2. O Federal Reserve está ativamente “desfazendo ilusões”
A segunda mudança de atitude muito evidente na ata:
👉 O Federal Reserve começou a desmistificar deliberadamente a ideia de que “a inflação vai cair naturalmente”.
Naquele corte de dezembro,
havia uma pitada de esperança:
A inflação pode diminuir lentamente por si só
Sem precisar ser tão duro, pode voltar aos 2%
Mas esta ata, quase como uma “mudança de página”:
Reafirma que 2% é uma meta rígida
Não dá mais qualquer âncora psicológica para a “auto-cura” da inflação
Na verdade, isso é uma reavaliação das expectativas do mercado:
não espere que a política de afrouxamento aconteça automaticamente.
3. O ponto mais fácil de ignorar, mas mais importante
Na ata de dezembro há também uma ação técnica, mas extremamente importante:
👉 Ativação do RMP + remoção do limite do SRF
Traduzindo de forma simples:
Sem um corte de juros,
primeiro, reforçar a liquidez do sistema financeiro
O significado dessa etapa é bem claro:
Já preparei uma almofada de liquidez,
então, em janeiro, posso ficar tranquilo “pausando” e aguardando os dados.
Isso não é aperto monetário,
é uma preparação para “pausar o corte de juros” com antecedência.
4. Avaliação geral: pausa em janeiro, quase uma opção padrão
Colocando os três pontos juntos, a lógica é bem coerente:
✅ O corte de dezembro foi uma concessão forçada, não uma tendência
✅ O Federal Reserve está ativamente suprimindo expectativas otimistas de inflação
✅ Do ponto de vista técnico, já foi injetada liquidez antecipadamente no sistema
Portanto, a conclusão é simples:
a menos que, antes da reunião de janeiro, aconteçam duas situações extremas:
1️⃣ Dados de inflação apresentem uma queda “suficientemente significativa” por várias semanas
2️⃣ O mercado de trabalho se deteriorar de forma acentuada, forçando um corte de juros baseado na gestão de riscos
senão —
👉 Pausar o corte de juros será a opção padrão.
O mercado ainda está negociando a “esperança”,
mas a ata já está negociando a “realidade”.
E o próximo passo,
não é “se vai continuar cortando”,
mas:
quanto tempo o mercado levará para aceitar essa resposta.